segunda-feira, 15 de março de 2010

CASA DE CAMPO/PAVILHÃO - JOANÓPOLIS (SÃO PAULO - BRASIL)

Casa de campo/pavilhão premiada na Bienal de 2009, projetada em 2005 pela arquiteta Cristiane Muniz e associados (escritório UNA Arquitetos),  concluída em 2008, fica no município de Joanópolis, (São Paulo - Brasil), no final da Serra da Mantiqueira, a mil metros de altitude. No século XIX, esse área era a passagem dos bandeirantes e tropeiros entre os dois estados (São Paulo e Minas Gerais). O projeta foi inspirado no Pavilhão Carambó, um marco na paisagem do lugar, situado a cerca de 2 Km do local da obra.
O declive do terreno é acentuado, o projeto tirou partido da topografia acidentada implantando a casa na horizontal e compacta, quase se fundindo ao solo. A casa tem 433,79 m² de área construída. O terreno tem 4.385,25 m², situado num condomínio da área rural do município, nas margens da represa de Piracaia.
                            
O terreno é dividida em três platôs para equilíbrar os volumes de terra os muros de arrimo seguram os platôs, construídos com as técnicas locais, com pedras do próprio terreno. Os muros formam uma linha contínua, para auto-sustentação, em um movimento distende e retrai os espaços internos, formando três pátios ligados ao programa da casa: intimo, social e serviço.

                            
Primeiro platô tem cota intermediária entre a rua e a casa, tem à recepção e o estacionamento de veículos, tem o acesso ao teto-jardim, sob um pequeno túnel, que serve de portal de entrada ao pátio criado pelo muro de pedra, contíguo à sala de estar. Da rua, se enxerga apenas a torre branca (que abriga a infra-estrutura – cozinha, fornos, chaminés, caixa d´água, aquecedores) e a faixa horizontal de 8 metros por 40 metros, da cobertura ajardinada da casa.
                           
O jardim suspenso garante a eficiência térmica já que a região se caracteriza pela diferença de temperaturas diurna e noturna. 
                           
O terreno tem muitas árvores frutíferas (jabuticaba, pitanga, laranja, limão, romã, acerola e amora) próximas à casa, como foram derrubadas na implantação algumas, o terreno recebeu o plantio de árvores para recomposição da mata ciliar (peroba-rosa, jequitibá, embaúba, aroeira, tarumã, acácia, carobás e ipês).
Segundo platô, gramado e nivelado com a piscina e solário. As águas da piscina estabelecem continuidade visual com a represa, ao longe.
 
Tem um cubo branco que atravessa o teto e pode ser visto de longe. No interior da casa, ele aparece dividindo os ambientes de estar e de jantar. E acaba na cozinha, onde abriga forno para pizza e churrasqueira.
Como um anexo, piscina e solário abrigam, na sua parte inferior, salão de jogos, depósito e casa de máquinas, que se abre para o terceiro platô, com pomar e árvores de reflorestamento.

 A estrutura da casa é em concreto armado, toda modulada em vãos de quatro metros. O piso recebeu cimento queimado e o teto, concreto aparente.

De dia, as portas de correr envidraçadas abrem-se transformando o local em uma ampla varanda. De noite, fecham-se, mas a transparência é mantida. As portas de correr de vidro ficam recuadas dois metros da fachada predominantemente norte, coincide com as vistas distantes, e a face sul, abre-se para os pátios protegidos pelos muros de pedra.
As quatro suítes receberam vidraças corrediças e painéis móveis de madeira para escurecer os ambientes.

Pesquisa feita na internet